Medicina Antroposófica

A Medicina Antroposófica foi fundada, no século XX, pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner e pela médica Ita Wegman. A prática reconhece métodos das ciências naturais, como a medicina e a psicologia tradicionais, mas busca compreender o homem considerando-o um ser físico, anímico e espiritual. A Antroposofia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. O Ministério da Saúde aprova o "observatório" das experiências de Medicina Antroposófica junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O que é a Medicina Antroposófica?

Tradicionalmente, a medicina analisa apenas o corpo humano. Muita gente pode estranhar essa afirmação e se perguntar “o que mais haveria para ser analisado por um médico?”. Pois há cada vez mais pessoas que responderiam: “que tal levar em conta emoções, sentimentos, energias e outros conceitos do ‘mundo invisível’?”.

É o que fazem os médicos que seguem os preceitos da antroposofia, filosofia criada no início do século passado pelo filósofo alemão Rudolf Steiner. Segundo ela, além das coisas que podemos ver e tocar, existe um mundo não físico que, apesar de oculto, tem grande influência sobre nossas vidas.

“A antroposofia é um caminho de conhecimento que deseja revelar o espiritual que alimenta e vivifica o material. Somente podem ser antroposóficos pessoas que sentem como uma necessidade de vida questionar sobre a essência humana e do universo, assim como se sente fome e sede”, escreveu Steiner em seu livro Máximas antroposóficas (Editora Antropofósica).

Esse sistema filosófico surgiu para tentar explicar o sentido da existência e, ao longo do tempo, também adquiriu uma série de aplicações práticas nas variadas áreas do conhecimento humano, com destaque para medicina, pedagogia, arquitetura, artes e agricultura. Não é de se estranhar que seja tão abrangente: seu princípio fundamental é a busca da conexão entre o homem, a natureza e o sagrado.

A doença como oportunidade

Os médicos antroposóficos, por exemplo, acreditam que as doenças não são apenas físicas, por isso analisam, além do corpo, o espírito, as emoções e outros aspectos da vida do paciente. O ser humano deve ser considerado de uma maneira global: o modo como a pessoa se sente, se emociona, dorme, come. Tudo isso é levado em conta. Assim, o uso de remédios alopáticos é considerado como suporte para os casos que realmente necessitam, pois a medicina antroposófica estimula a cura da enfermidade partindo do próprio organismo e de suas interações com o mundo externo.

Além disso, evita-se encarar a doença como algo negativo. A medicina antroposófica parte do princípio de que as doenças são necessárias para o indivíduo. Ninguém fica doente por acaso. O desafio é fazer com que o paciente aproveite ao máximo essa doença, sem cair no perigo.

Segundo os adeptos, cada vez que fica doente, o paciente recebe uma oportunidade de se tornar uma pessoa melhor, em todos os sentidos. Uma simples gripe pode ser o sinal de que algo precisa mudar em sua vida. Você transforma a doença em uma grande oportunidade.


Dra. Tânia Helena Alvares
Nefrologista, Mestre em Clinica Médica disciplina de Transplante Renal e especialista em Medicina Antroposófica

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